quarta-feira, 3 de abril de 2013

Artigo - Prof. MSc. Sandro Tavares Silva

Valorização do Capital Humano como Fator de Retenção de Talentos

Prof. MSc. Sandro Tavares Silva

As empresas estão acostumadas a conviver com questões fundamentais para sua sobrevivência, tais como mercado, cadeia de suprimentos, volatilidade do ambiente, tecnologia, infraestrutura dentre outras. Contudo, nas suas tentativas de criar valor, inovar e maximizar o retorno do capital investido, a maioria das organizações simplesmente desconsidera o potencial de um dos seus mais preciosos bens: o Capital Intelectual, especialmente o Capital Humano, as pessoas. É nas pessoas que reside as grandes oportunidades de inovação. Elas guardam uma parcela significativa da Memória Organizacional. É por meio da interação entre as pessoas que ocorre a síntese do aprendizado organizacional e onde surgem novos conhecimentos que poderão ou não ser postos à disposição da organização, conforme queiram essas mesmas pessoas. Elas compõem o Capital Humano que é responsável cada vez mais por uma importante e crescente parcela das vantagens competitivas das organizações.

O conhecimento sobre determinados processos ou técnicas; a destreza no cumprimento ou na gestão de certas atividades; a produção de novos conhecimentos; a capacidade de gerar inovações a partir de distinções pessoais únicas; a construção de experiências positivas capazes de surpreender os Clientes; a capacidade de criar ambiente favorável ao compartilhamento de conhecimentos e experiências, além do incremento natural da produtividade, são fatores cruciais para que as organizações possam cumprir seus objetivos. E todos eles possuem um insumo em comum: o compromisso das pessoas.

As organizações estão começando a compreender que o diferencial definitivo não está na tecnologia, ou na estrutura, ou nos processos e nem na escala, pois todos esses podem ser comprados pela organização. A lealdade e o comprometimento das pessoas apenas são obtidos por vontade própria, por doação. Ainda que as pessoas aceitem cumprir ordens nas quais não acreditam e com as quais não aceite se comprometer, elas sempre poderão decidir se darão ou não o que possuem de melhor. Poderão até mesmo boicotar silenciosamente as iniciativas das empresas.

O desafio das organizações é atrair e reter criadores de conhecimento. A estratégia empresarial necessitará estar fortemente apoiada por programas de educação continuada focada no desenvolvimento do seu CH. Esses programas terão que valorizar o raciocínio criativo, a capacidade de resolução de problemas, o desenvolvimento de lideranças, o autogerenciamento da carreira, a efetividade na comunicação e, por fim, na colaboração multi-disciplinar e até mesmo interdisciplinar.

Essa nova realidade exige que as empresas desenvolvam soluções adequadas para tratar sua MO de modo a favorecer a geração de novos conhecimentos e como fator de apoio para o incremento da efetividade da organização.

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